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domingo, 25 de fevereiro de 2007

tempo para o mundo, tempo para mim .

(   Ainda parece tão ligeiramente confuso ter que falar contigo como se fossemos apenas amigos, como se fosse esse o sentimento que tenho por você. Confuso até demais. Não poder te abraçar na hora que eu quero. Não ter mais com quem conversar aqueles assuntos que eu reservava pra você. Não ter mais clima para te chamar de todos aqueles apelidinhos, nem de meu menino. Ah, porque naquele tempo você era só meu. Levei um susto ao reparar como você estava tão maior, ao perceber como você ficava tão lindo com seu ‘sorriso-mostrando-os-dentes’ e tão misterioso com seu ‘sorriso-de-canto-de-boca’. Coisas que eu já havia me acostumado. Só que nós, pobres seres errantes, temos a mania de só dar valor às coisas (e às pessoas) quando as perde. Acho que naquele tempo eu não dei o valor que deveria a nós dois. Hoje, eu e ele. E olha que ‘aquele tempo’ nem faz tanto tempo assim para o mundo. Mas para mim já se passaram tempos e tempos depois que tudo aconteceu.   )

sábado, 24 de fevereiro de 2007

menina de primário .

(   Tudo ainda soa tão estranho quando você passa por mim e apenas sorri. Aquele sorriso que só encontro em você e que por um momento ainda penso acreditar que foi pra mim. De repente me pego tendo todas aquelas sensações de menina de primário que nunca se apaixonou. Frio na barriga, vontade imensa de sair correndo e te abraçar pra poder falar tudo aquilo que você não sabe (ou finge que não). Mas, invés disso, eu simplesmente passo. Devolvo o mesmo sorriso, só que mais tímido. Abaixo a cabeça, com aquela vontade de virar as costas e chorar. E mais estranho seria pensar que fui eu quem quis assim. Só eu.    )

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

apenas minutos .

(   Hoje você me ouviu. Eu estava sentada naquele mesmo banco daquela praça que já presenciara momentos mais bonitos de nós dois. Você me deixou tocar na sua mão e eu tentei transmitir tudo aquilo que com palavras seria impossível: medo, angústia…amor. Conseguiu me mostrar que tenho que ser menos egoísta, que nem sempre as coisas são no meu tempo e do meu jeito.Olhou para mim do mesmo modo que olhava sempre. Tão profundo e tão quieto. E eu procurei, no meio das palavras ásperas, a pessoa que eu sempre achei em você. Tateei no escuro, sem nem saber por onde começar. Hoje deixei meu orgulho amarrado, preso em alguma pétala de esperança que ainda podia existir, tão frágil. Por um ou dois segundos você chegou a me fazer acreditar que sim, haveria volta. Depois soprou assim, de leve. Hoje consegui sentir tudo aquilo que você me fizera sentir um dia. De repente você me encheu de esperanças com um gesto e com uma palavra foi capaz de tirá-la novamente. Me deixando sem saber o que fazer, sem saber como te ter. Desnorteada. Por mais que pra você hoje não signifique nada, pra mim, talvez, signifique mais do que todos os outros ‘hojes’ que já tivemos juntos. E eu te agradeço por isso. Agradeço por poder sentir em apenas alguns minutos tudo aquilo que senti em tanto tempo. Obrigada, meu menino.   )

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

explicação .

(   -Por favor, não tente entender o que eu mesma não entendo!

      - Poxa, eu preciso saber…

      - Eu já tentei te explicar um milhão de vezes. Exercitei minha imaginação pra te mostrar o que eu to sentindo. Mas só o que eu faço é piorar e você acaba por me entender menos.

       - Você é enrolada e, ainda por cima, complicada!    )

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precisava jogar na cara? Bah     xP

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

sob o sol da manhã .

(  Ali, sentada no meu canto, sob o sol da manhã e com aquela cara de sono, começo a pensar: gostar ou não gostar. Um meio  “bem-me-quer, mal-me-quer” de margaridas vindas de dentro. Como se coubesse a mim a decisão. Aliás, será que isso pode ser chamado assim? De-ci-são? Uma maneira tão fria, tão o oposto de mim mesma. Sou cheia de sentimentos e de abraços guardados e agora já não tenho com quem dividir esses excessos. Se fosse um jogo ou eu pudesse escolher, apenas apertaria o botãozinho vermelho do coração e pronto. Gostaria. Adoraria. Amaria. Agora sinto o peso disso, de estar sozinha…por dentro. Sei que preciso de um tempo pra cuidar de mim mesma. Aprender a ser egoísta e tomar minha atenção toda para…ah…para mim. Até mesmo porque agora não mais tenho com quem me preocupar, guardar e amar tanto. Por opção minha? Sim, admito. Mas sinto falta enorme. Não apenas dos abraços que me deixavam ouvir seu coração. Não apenas do jeito que você olhava e sorria. Não apenas das suas mãos nas minhas, nem de seus beijos e seus eternos silêncios. Sinto falta de ocupar meus pensamentos apenas com você. De me arrumar para você. De ficar horas imaginando, planejando, aguardando por você. Sempre você (egocêntrico). Já não sei como não gostar apenas de você e isso me deixa totalmente perdida. Inevitável. Talvez tudo isso seja para me fazer entender que eu preciso me encontrar novamente. Tenho que ensinar meu coração meio bobo a não depender mais de você, ou de outro. Na verdade, de ninguém. Agora olho pela janela  e sinto o vento e o sol batendo em meus cabelos, aquecendo minha face. Sorriso tímido. Por mais estranho que seja, por mais que doa, nesse momento desliguei o tal botão vermelho. Está assim, parando de funcionar bem, bem lentamente para não me assustar. Ainda tenho que ensinar minha razão e os meus sentidos a não pedirem mais por você também. É pra sempre? Não. Um dia um outro alguém vai mexer tanto comigo quanto você mexeu. Sei disso (sejamos realistas). Tudo vai voltar, mesmo sem querer. Ah, mas agora…Agora escolhi: segunda opção. Não gostar e ponto. Pronto. Não volto atrás. E tenho dito.   )

nem tudo o que se esperava .

(   Ah, eu estive pensando. Muito por sinal. Mais do que antes, mais do que depois que tudo aconteceu. Estava me sentindo tão bem, estava até com aquele “alívio-pós-separação”. Aquele ventinho fresco novamente e com ele todos os medos de novo. Medo do depois, do agora. Um sussurro baixinho: ‘ o que vai fazer então?’. E eu realmente preciso fazer alguma coisa? Enfim a so-li-dão estava estampada na minha testa (mas não, não é daquele tipo de solidão que corroe por dentro e te faz sentir o pior dos seres). Tudo estava tão fácil, tão…fora do previsto. Sim, porque eu previa choros diários, noites em claro, romance, brigadeiro e o abalo quando ele passasse. E você passou, assim, de uma hora para outra. Sem avisos. Bem na minha frente.  Passou, aparentemente despercebido. Mas sem querer, mais cedo ou mais tarde, as coisas inevitavelmente começam a tomar o seu lugar. Precisava fazer isso? Precisava derrubar tudo com um sopro apenas? Precisava tirar de mim toda a certeza que eu estava sentindo? Por egoísmo seu parecer tão bem (sem mim), ou por egoísmo meu achando que você ia estar apenas o pó? Seria a minha segurança um castelo de areia esperando a onda ou uma criança malvada vir desmanchá-lo? Talvez o previsto ainda não acontecesse, nem o choro viesse. Mas você conseguiu colocar milhões de dúvidas crescentes na minha cabeça um tanto confusa demais. Talvez eu estava tentando me proteger com um escudo imaginário de histórias, lembranças e espera. Talvez eu apenas não estava preparada para te ver passar. Só que coisas inesperadas sempre acontecem, querendo ou não. Passou. Não viu. Olhou. Como se olhasse para qualquer outra. Mais um ato de egoísmo. Não seu. Apenas meu.   )