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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ao português .

(   Meu velho amigo, o que fizeram contigo! Passando de um canal a outro na TV, vi programas informando sobre seu novo visual. Tiraram seus enfeites, querido. Cadê seus acentos, suas regras, seu charme? Se estou vendo um artigo, uma crônica e encontro “Para Antonio”, não sei se é uma ordem ou um presente. E tem coisa mais feia que linGUIça? E-ca! Pois é, te viraram e reviraram. O que era certo, agora é errado. Onde já se viu? Nada mais triste. Ainda me vem com uma desculpinha sem vergonha de que é para padronizar a língua. Às favas todo o resto dos países que você se faz presente! Onde foi parar a variedade? Abro os livros e já fecho. Ando tão chateada…Não sei como você aceitou tal proposta.Meu bem, sinto te dizer, mas foi um tremendo erro. Pode até não enxergar agora, mas verá.Anos de construção, de aprendizagem, de história. Pra quê? Para serem jogados fora.Agradeça que seus grandes divulgadores do passado não mais estão aqui para presenciar tamanha bagunça. O que diria Machado? E Graciliano então? Decepcionados. Eles ficariam tão decepcionados quanto eu estou. Eu que fui sua seguidora fiel por tantos anos, creio que não merecia isso de você. Aliás, será que já tiraram o circunflexo de você? Já não me interesse. Desisto. Pois bem, faça o que quiser de agora em diante. Mas repito: ai, meu velho amigo, o que fizeram de você!   )

 

maria cláudia   .

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

sem efeito .

(   Eu não sei como vai ser daqui pra frente. Depois de quatro meses eu não sei o que fazer com esses quatro dias que nos restam. Na realidade, eu queria congelá-los. Queria que as horas se eternizassem. O que fazer quando eu não mais tiver você (quase) em período integral? Como vai ser quando eu não te servir de despertador e te acordar no meio da madrugada pra dizer que a saudade é grande? Eu não sei. Procuro não pensar. Mas toda vez que sinto sua falta e assim me sinto também angustiada, fica meio impossível achar que vai dar tudo certo. Eu sei como dói não te ter sob meus olhos. E, inexplicavelmente, tudo se torna tão seguro quando estamos juntos. Os meus tantos medos costumam desaparecer. Mistério. Só com você. Só do seu lado. Eu lutei, eu pedi que não fosse assim. Só que já era tarde demais. Hoje, o espaço que você ocupa na minha vida, em mim, nos meus pensamentos é tão grande que não teria como ser de outro modo. Longe de você eu sou tão pequena, tão ridiculamente frágil e sozinha. Longe de você é como se não tivesse porque, não tivesse razão de ser. Como se eu não tivesse forças. É pensar em não conseguir. Agora, então, tento me agarrar em cada palavra reconfortante. Nas lembranças de tantas coisas boas. Nas várias cenas hollywoodianas que só acontecem com você. E, quem sabe, por tudo ser tão perfeito, tão devidamente perfeito, que eu não quero que acabe. Reluto. A distância, mesmo que pequena, me tira, sem querer, o que me faz bem. E viver isso, ou melhor, pensar nisso já é capaz de desfazer qualquer certeza. Eu acho que o esforço que eu faço em acreditar que vai ser se não fácil, mas menos doloroso, não tem surtido efeito algum.    )

pára o mundo .

Eu sei, eu sei que vai passar, de verdade. Não tenho tantos motivos pra reclamações, mas mesmo assim eu reclamo. Incansável e indiscriminadamente eu reclamo. Estava bom demais assim e eu me acostumei. Sabe, é fácil nos acostumarmos com o que é bom. Difícil é retornar ao velho dia-a-dia. Cursinho, casa nova, casa nova, cursinho. Entre livros e cadernos e uma brecha no computador. Céus, só de pensar que estava tudo tão surpreendente nos últimos tempos dá até um arrepio. Sempre uma coisa nova, um lugar diferente, brigas homéricas, reconciliações avassaladoras. Uau, foi de tirar o fôlego! E agora em menos de três dias…RO-TI-NA! Credo, tão sem sal, tão sem emoções. Tão sem você. Por favor, pára o mundo! Espera, eu vou descer!   )

maria cláudia .

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

direito? .

(   E eu não tenho nem o direito. Te pedir pra ficar, te ajoelhar. Lágrimas? Nem elas. Todas banais. O que eu fiz, você está certo, não tem justificativa. Se fosse o contrário, se você tivesse me machucado tanto a ponto de quebrar meu coração, eu te perdoaria. Não que eu ache que mereça perdão, não. É porque eu sou boba mesmo. Você não. Ué, alguém aqui tem que pensar! Então, nada mais justo que me condene. Não quero prerrogativas. Eu poderia tentar te convencer. Eu poderia inventar mil e uma desculpas. Mas é demais. Você pode até não acreditar. Pode até soar falso. Você vai dizer que eu não sei o que estou falando. Só que te magoar é magoar a mim mesma, só que de uma forma muito, muito maior. Eu não sei explicar desde quando, não sei dizer o porquê. Eu não mereço. Tá, eu sei. É, eu não tenho o direito (mas fica comigo, fica comigo ao menos por um instante).   )

domingo, 1 de fevereiro de 2009

domingo .

(   do.min.go: sm – primeiro dia da semana, considerado pela maior parte dos cristãos como dia de descanso.

Nada como um domingo. Domingos têm almoço de família. É tradição. Uma das poucos coisas que minha família ainda segue sistematicamente. Junta pai, tio, prima, vó, vô, gato e periquito. Domingo é dia de acordar tarde e ainda por cima com olheiras. Dia daquele mau-humor. Bom, um mau-humor perdoável, diga-se de passagem. Ontem foi sábado, poxa. Até Deus perdoa. Domingo é dia de missa. Preguiça. Cidade (mais) vazia. Vontade de você. Mais vontade de você. Muito mais vontade de você. Dia de dispensar uma partida de buraco. Dia que a vontade de se jogar na cama e dormir o dia inteiro não precisa ser reprimida. Domingo é dia de livros. Afinal, domingo parece é interminável. Sobra tempo pra tudo. Até limpar o aquário, dar banho no cachorro. Coisas que a gente evita fazer a semana inteira. Marasmo. Descanso. Desânimo? Quem sabe. Pois bem, venha, então, segunda-feira!   )